quinta-feira, 6 de junho de 2013

Projeto da USP busca entender autismo com células de dentes de leite


crianca_sorrindo (Foto: Shutterstock)
O projeto A Fada do Dente, desenvolvido pela bióloga Patrícia Beltrão Braga, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), da Universidade de São Paulo, em parceria com o professor e neurocientista Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia, arrecada dentes de leite de crianças com autismo. Com as células da polpa do dente, os pesquisadores realizam uma reprogramação celular, transformando-as em células-tronco que são diferenciadas em neurônios. Esse processo permite identificar diferenças biológicas nos neurônios com autismo, estudar seu funcionamento e até mesmo testar drogas. O projeto recebe dentes de crianças de todo o Brasil (veja abaixo como participar).
Para liderar o projeto, a pesquisadora aprendeu a técnica de reprogramação celular desenvolvida pelo médico japonês Shinya Yamanaka, vencedor do prêmio Nobel de medicina de 2012. Esse método é capaz de reprogramar uma célula já adulta (no caso células da pele), transformando-a em uma célula-tronco semelhante às embrionárias, ou seja, as células maduras são rejuvenecidas até a fase correspondente a 6 ou 7 dias após a fecundação do óvulo com o espermatozoide.
Patrícia escolheu as células da polpa do dente por ter familiaridade no trabalho com elas e pela facilidade de obtenção. Os testes ainda estão no início, mas já são um avanço em comparação com o que se descobriu nos últimos 20 anos.
Como participar do projeto
Em primeiro lugar, escreva um e-mail para projetoafadadodente@yahoo.com.br. Ao se cadastrar, você vai receber um kit para colher o dente da criança quando ele cair ou for retirado. O objetivo é manter as células do dente vivas para que cheguem em condições viáveis para estudo no laboratório. O kit contém um frasco com um líquido para preservar as células e gelo reciclável para manter o dente gelado. O dente não pode ser congelado nunca. Caso o dente caia e o kit não esteja por perto, a indicação é colocar dentro de um copo com água filtrada e deixá-lo na geladeira, para que a polpa não seque e as células não morram. O dente precisa ser colhido com rapidez para que as células possam ser estudadas.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

DOR NA COLUNA MAS O PROBLEMA PODE ESTAR NO PÉ

Dor na coluna - Joelhos, Pés e Quadris - Podoposturologia - Dr. Marcassa

Diversas dores, inclusive nas costas, podem ter origem nos desvios posturais e na pisada errada.O fato é que, raramente, relacionamos alguma delas ao esforço que fazemos em atividades rotineiras. Um simples caminhar, por exemplo, pode desencadear dores na coluna quando temos algum desvio postural ou qualquer problema em nossos pés, joelhos ou quadris. A explicação é simples: 
Os pés são a base do alinhamento e sustentação do corpo, por isso, quando pisamos errado, geramos um desequilíbrio corporal. A consequência é uma série de problemas posturais, de saúde, e dores. “Aquelas sentidas nas costas lideram as queixas”, diz Dr. Victor Marcassa Neto, fisioterapeuta com especialização em fisioterapia ortopédica, traumatológica e desportiva, com formação em Podoposturologia.
Mas, segundo ele, esse desajuste que compromete a região lombar, o quadril, os joelhos, os tornozelos e os pés pode ser restabelecido com uma reprogramação postural, feita com palmilhas. Chamada de Podoposturologia, “a técnica pode tanto prevenir como curar os mais diversos tipos de problemas provenientes da pisada errada, entre eles, os de coluna”, ressalta.

O que é a Podoposturologia?

Técnica francesa da área da fisioterapia que tem como objetivo reeducar e realinhar a estrutura do corpo com o uso de palmilhas posturais e/ou ortopédicas.

Indicação

As palmilhas podem ser usadas por crianças, idosos, sedentários e atletas, em qualquer tipo de calçado (inclusive tênis de corrida, sandálias e sapatos de salto).

Tipos de problemas tratados

Todos aqueles que estão ligados à reeducação postural, como:
Desníveis da bacia, dores na região cervical, lombar e dorsal da coluna, dores irradiadas para pernas e braços, pubalgias, hérnias de disco e/ou protusões discais na coluna, síndromes musculares e fasciais, síndromes fêmuro-patelares, artrose, artite, alterações morfológicas da coluna vertebral (cifose, hiperlordose e escoliose), dentre outras.

Outros

Perna curta, pé cavo, pé plano (chato), problema de calcâneo, joanete, tendinite nos membros inferiores, dores de cabeça, fascite plantar, neuroma de Morton, calosidade, bolhas e rachaduras nos pés, unha encravada, disfunções na ATM (articulação têmporo-mandibular), alterações no tipo de pisada (pronada ou supinada.


Dor de Coluna - Joelho, Pés e Quadris - Podoposturologia - Dr. Marcassa




segunda-feira, 13 de maio de 2013

O AUTISTA!!




Jacob falava pouco, mas estava constantemente pensando em padrões matemáticos (Foto: BBC)Jacob falava pouco, mas estava constantemente pensando em padrões matemáticos (Foto: BBC)













Aos dois anos de idade, o jovem americano Jacob Barnett foi diagnosticado com autismo, e o prognóstico era ruim: especialistas diziam a sua mãe que ele provavelmente não conseguiria aprender a ler ou sequer a amarrar seus sapatos.
Mas Jacob acabou indo muito além. Aos 14 anos, o adolescente estuda para obter seu mestrado em física quântica, e seus trabalhos em astrofísica foram vistos por um acadêmico da Universidade de Princeton como potenciais ganhadores de futuros prêmios Nobel.
O caminho trilhado, no entanto, nem sempre foi fácil. Kristine Barnett, mãe de Jacob, diz à BBC que, quando criança, ele quase não falava e ela tinha muitas dúvidas sobre a melhor forma de educá-lo.
"(Após ser diagnosticado), Jacob foi colocado em um programa especial (de aprendizagem). Com quase 4 anos de idade, ele fazia horas de terapia para tentar desenvolver suas habilidades e voltar a falar", relembra.
"Mas percebi que, fora da terapia, ele fazia coisas extraordinárias. Criava mapas no chão da sala, com cotonetes, de lugares em que havíamos estado. Recitava o alfabeto de trás para frente e falava quatro línguas".
Jacob diz ter poucas memórias dessa época, mas acha que o que estava representando com tudo isso eram padrões matemáticos. 'Para mim, eram pequenos padrões interessantes.'
Estrelas
Certa vez, Kristine levou Jacob para um passeio no campo, e os dois deitaram no capô do carro para observar as estrelas. Foi um momento impactante para ele.
Meses depois, em uma visita a um planetário local, um professor perguntou à plateia coisas relacionadas a tamanhos de planetas e às luas que gravitavam ao redor. Para a surpresa de Kristine, o pequeno Jacob, com 4 anos incompletos, levantou a mão para responder. Foi quando teve certeza de que seu filho tinha uma inteligência fora do comum.
Alguns especialistas dizem, hoje, que o QI do jovem é superior ao de Albert Einstein.
Jacob começou a desenvolver teorias sobre astrofísica aos 9 anos. No livro The Spark (A Faísca, em tradução livre), que narra a história de Jacob, ela conta que buscou aconselhamento de um famoso astrofísico do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, que disse a ela que as teorias do filho eram não apenas originais como também poderiam colocá-lo na fila por um prêmio Nobel.
Dois anos depois, quando Jacob estava com 11 anos, ele entrou na universidade, onde faz pesquisas avançadas em física quântica.
Questionada pela BBC que conselhos daria a pais de crianças autistas - considerando que nem todas serão especialistas em física quântica -, Kristine diz acreditar que "toda criança tem algum dom especial, a despeito de suas diferenças".
"No caso de Jacob, precisamos encontrar isso e nos sintonizar nisso. (O que sugiro) é cercar as crianças de coisas que elas gostem, seja isso artes ou música, por exemplo".


sábado, 11 de maio de 2013

A PRIMEIRA CONSULTA A UM ACUPUNTURISTA


ENCONTREI ESSE TEXTO NUM SITE DE MUITA CONFIANÇA E ACHEI ELE BASTANTE AGRADÁVEL, TANTO PARA OS PROFISSIONAIS COMO PARA AS PESSOAS QUE TEM CURIOSIDADE EM SABER COMO É UM ATENDIMENTO EM ACUPUNTURA. BOA LEITURA!!!


Ao entrar pela primeira vez no consultório de um acupunturista você encontrará um 
ambiente diferente daquele dos médicos a que está acostumado. Ao invés de quadros 
ou posters de anatomia e propaganda de remédios verá mapas corporais pelas 
paredes. Tais mapas, indicando linhas espalhadas da cabeça aos pés e salientando 
uma infinidade de pontos, ajudam o profissional a encontrar o exato local de inserção 
de uma agulha, servindo para uma referência visual.
O ambiente pode não ser clean, a sala poderá ostentar um vaso de plantas, sofás e 
poltronas, estante de livros e alguns objetos de adorno, quadros com temáticas 
orientais, além de pedras, aquários etc. Acupunturistas gostam muito de coisas vivas 
ao redor de si e, também, de objetos de inspiração.
A entrevista é igualmente diferente. Ele lhe perguntará sobre uma série de itens que, 
aparentemente, nada possuem em comum com a queixa que você está apresentando. 
Quase que invariavelmente ele lhe questionará sobre diversos de seus sistemas 
fisiológicos. Se sente calor ou frio. Como se alimenta, quanta água bebe, como é seu 
sono, como reage emocionalmente frente a esta ou aquela situação. Tais quesitos não 
implicam em invasão de privacidade, mas, ao contrário, contribuem para a confecção 
de seu retrato energético.
Isso não leva menos que meia hora. Em seguida ele passará à avaliação física. Dois 
aspectos (entre outros) serão, certamente, levados a efeito: a inspeção da língua e a 
tomada de pulsos. A primeira visa recolher informações sobre seu estado interno, uma 
vez que a língua apresenta sinais e referências; a tomada de pulsos não tem o escopo 
de dimensionar seus batimentos cardíacos, mas objetiva detectar o estado de seus 
meridianos de energia.
Em cada munheca são observados seis meridianos, três no nível superficial e três no 
profundo. O acupunturista poderá complementar a avaliação tocando alguns pontos - 
normalmente na região do tórax e ventre - e, em seguida, recorrer à palpação de 
regiões menores. Aqueles que praticam também a auriculoterapia inspecionarão suas 
orelhas; os que utilizam a iridiologia consultarão seus olhos; e assim por diante. Um 
teste comum, praticado para a Acupuntura Constitucional, será o de pedir-lhe para 
segurar vidrinhos com sementes e utilizar um manômetro para aferir seu grau de 
rejeição ou afinidade a certos tipos de alimentos.
Ao final de todos estes procedimentos não pergunte "afinal, o que eu tenho?" - 
aguardando um diagnóstico ocidental. Se a resposta for: "você está com Fogo do 
Fígado em ascendência" ou "Calor-Umidade invadindo o Aquecedor Médio" não vá 
pensar que tenha se transformado num dragão ou numa chaleira! As síndromes 
energéticas não visam estabelecer correlações com o repertório de doenças ocidentais; 
sendo elas classificadas e nominadas dentro dos padrões clássicos da MTC. Para você 
tais denominações podem não fazer muito sentido, mas para o profissional elas 
constituem-se em referencias indispensáveis.


segunda-feira, 6 de maio de 2013

BICO DE PAPAGAIO


Passamos parte de nossa vida com dores da coluna mas nem tomamos conhecimento. Cuidado!!! Isso pode levar a sérios problemas. Cuide de seu corpo, previna-se!!!!

Você sabe o que são osteófitos?
Também conhecido como bico de papagaio, os osteófitos são formações ósseas que crescem em torno da coluna. São decorrentes da protusão progressiva do anel fibroso do disco intervertebral dando origem à formações ósseas, agravados pela desidratação do disco causando a aproximação das vértebras comprimindo a raiz nervosa e causando as dores.
O bico de papagaio ou a osteofitose se manifesta quando os ligamentos e as cartilagens que envolvem as vértebras se calcificam, como forma de estabilizar a estrutura desgastada. O problema tem maior incidência na região lombar, mas pode atingir outras partes da coluna. As dores são causadas pela própria rigidez da coluna, na qual as vértebras afetadas pressionam nervos e músculos. Além da idade, outros fatores podem causar a formação do bico de papagaio.
Hereditariedade, má postura, obesidade, sedentarismo, fraturas e doenças reumáticas também contribuem para desgastar as articulações e levar à calcificação das vértebras. Porém, quando uma pessoa mais jovem sofre de dor nas costas, a origem do desconforto é muscular muitas vezes.

É um processo irreversível e progressivo, mas 95% dos casos são leves e têm controle mais fácil. Fisioterapia e correção postural ajudam a recuperar a estabilidade. E é aí que o Pilates pode contribuir, reestabelecendo o equilíbrio muscular, alongando e fortalecendo. O Pilates auxiliará de forma satisfatória a melhora da qualidade de vida, tornando possível a realização das atividades da vida diária tranquilamente. Os exercícios prescritos serão específicos, direcionados e adaptados de acordo com as particularidades do indivíduo, visando entre outros, fortalecimento e alongamento dos músculos, com foco especial na região afetada e no reequilíbrio dos grupos musculares.
Assim, apesar de o osteófito continuar instalado, a dor será estabilizada devido à estrutura corporal mais forte, flexível e alinhada. A melhor alternativa continua sendo a prevenção. Quanto antes incorporar novos hábitos, menores as chances de ocorrer um osteófito no futuro. E o Pilates também se mostra bastante efetivo para a prevenção

Osteófitos – o velho conhecido “Bico de Papagaio”


quinta-feira, 2 de maio de 2013

O Caminho é a prevenção

O artigo de hoje se trata de uma reflexão......

Porque quando pensamos em uma doença, logo pensamos nos tratamentos, nas especialidades médicas que atendem esse problema, etc?

Porque não pensamos logo em prevenir uma vez que conhecemos nosso corpo melhor do que ninguém? Conhecemos nossas tendências e mesmo assim, deixamos o problema se instalar até não aguentarmos mais e, só aí procuramos ajuda.


Existem muitas maneiras de trabalhar a prevenção das doenças. As mais clássicas e importantes são a alimentação e atividade física.

A primeira pergunta que devemos fazer a nós mesmos é: Como está minha alimentação? Nos dias de hoje,em que a informação chega instantaneamente, é fácil conhecer quais alimentos são bons e quais são ruins para a saúde.

Uma outra que deve vir logo em seguida: Quanto de líquido tenho tomado por dia? Também já lemos bastante sobre a hidratação do organismo.

Quando falo em atividade física, me refiro a uma atividade realizada com supervisão de um profissional, para se adequar às necessidades de cada um, mas na falta deste, caminhadas, mesmo que breves, trocar elevador pela escada e outros segredos, ajudam o corpo a se manter (lembre-se, estamos falando sobre prevenção).

Como sou da área da saúde, vou puxar o assunto para meu lado. Você já pensou em realizar procedimentos como Pilates, RPG, massagens, terapia manual? São técnicas que ajudam a prevenir e a manter o corpo e mente saudáveis.

Para finalizar esta pequena lista, lembrando que são apenas sugestões e que existe uma série de outras coisas que ajudam, existe uma que considero essencial: a felicidade, sem ela, dificilmente alcançamos nossos objetivos.

Reflita sobre a prevenção das doenças, colocando a felicidade sempre junto.   Boa Sorte!!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

HIDROCEFALIA E OUTROS PROBLEMAS TRATADOS COM ACUPUNTURA

É muito comum ouvir dizer que as pessoas buscam tratamento com Acupuntura quando tem problemas emocionais e dores, mas segundo a cultura da Medicina Tradicional Chinesa, para todas as doenças existe tratamento com Acupuntura.

A Hidrocefalia é uma doença que pouco se escuta dizer, mas pode ocorrer em adultos e crianças, sendo na criança mais comum.

Em pesquisa para saber sobre esta doença em adultos e seus tratamentos , é muito difícil encontrar relatos usando a Acupuntura para os cuidados.

Mas, seguindo os princípios aprendidos dentro desta Medicina, percebemos como é possível cuidar, pelo menos das consequências causadas pela Hidrocefalia em adultos.

Segue abaixo um artigo do jornal O Estado de São Paulo sobre esta doença.



Sintomas típicos da terceira idade podem esconder hidrocefalia, diz HC

Líquido no cérebro causa perda de memória e incontinência urinária, entre outros sintomas

12 de agosto de 2010 | 19h 39
SÃO PAULO - Acostumados a aceitar que a perda de memória é um sintoma "normal" da terceira idade, muitas pessoas deixam de investigar a natureza do problema, convivendo com uma deficiência que poderia ter cura se tratada precocemente. De acordo com o neurocirurgião Fernando Campos, do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretária de Estado da Saúde, outros sintomas - como falta de equilíbrio e incontinência urinária - também podem não ser, necessariamente, males incuráveis da idade, mas alertas de uma doença grave que tem tratamento: a hidrocefalia.
Normalmente, a hidrocefalia é facilmente diagnosticada em crianças, pois há um inchaço da caixa craniana. Entretanto, quando a doença ocorre em adultos, não há alterações visíveis no aspecto físico, dificultando o diagnóstico. "A hidrocefalia em adultos é lenta e progressiva. Os indivíduos começam a ter sintomas que se enquadram no diagnóstico de demência, pois vão desaprendendo a andar, perdem a memória, o controle da urina e, muitas vezes, até o fecal", observa Campos. Isso ocorre porque há uma pressão esporádica no lobo frontal do cérebro, causada pelo acúmulo de líquor no ventrículo.
Poucos idosos portadores de hidrocefalia recebem tratamento adequado, pois não sabem que têm a doença. Segundo o especialista, um recente estudo na Noruega comprovou a dificuldade de diagnóstico. "Inicialmente, foi levantada a quantidade de pessoas que recebiam tratamento para a doença no país. Em seguida, a mídia convocou pessoas com mais de 60 anos, que apresentavam ao menos um dos sintomas, a realizar exames. O resultado foi surpreendente: o número de idosos diagnosticados aumentou em mais de 80%", relata, acrescentando que 50% dos pacientes não têm necessariamente os três sintomas juntos.
No HC, o "Grupo de Hidrodinâmica Cerebral" é especializado no tratamento de hidrocefalia em adultos. A equipe atende 25 pacientes e faz três cirurgias por semana. Campos, que lidera o time, explica que, no primeiro atendimento, são feitas uma avaliação motora - a parte de marcha e equilíbrio é cronometrada - e uma análise do dia a dia do paciente. Após uma semana dos primeiros testes, é coletado o liquor do idoso e refeita a avaliação. "Comprovada a melhora no desenvolvimento, a pessoa é indicada para a cirurgia, o que deve ser bem-sucedido", afirma o neurocirurgião.
Além dos sintomas já mencionados, a hidrocefalia em adultos pode ocorrer quando há algum trauma na cabeça, onde haja sangramento interno. "Um acidente vascular cerebral (AVC) ou uma meningite também podem acarretar na doença", explica Campos.
O tratamento
O tratamento da hidrocefalia em adultos pode ser feito por dois tipos de cirurgia. A primeira é a endoscopia cerebral, na qual é realizado um pequeno furo no crânio, onde é possível chegar à membrana que represa o líquor, liberando a pressão.
A outra opção é o implante de uma válvula, na qual um sistema mecânico permanente é implantado debaixo da pele, no couro cabeludo, permitindo drenar o líquido. "Quando a doença é diagnosticada em até dois anos, é possível que haja reversão total do quadro", completa o especialista. 

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Estudo Científico dos Florais


Entrevista com Dra. Márcia Zotti Justo Ferreira


Dra. Márcia Zotti
Dra. Márcia Zotti

Conversamos com a Dra. Márcia Zotti Justo Ferreira, enfermeira com Pós-Graduação em Terapia Floral pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo e doutora em Engenharia Elétrica pela UNICAMP, sobre sua pesquisa: “Essências Florais: Medida da sua influência na vitalidade em seres vivos”.

EF: Em qual Universidade você realizou sua pesquisa?

Dra Márcia: Foi o meu mestrado na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo.

EF: Como foi a aceitação da universidade para a realização de uma pesquisa inserindo os florais?

Dra. Márcia: A Enfermagem tem como premissa básica o cuidado do ser humano na sua totalidade, dessa forma a Terapia Floral sempre foi bem aceita.

EF: Em linhas gerais em que consiste sua pesquisa?

Dra. Márcia: O grande desafio foi “ponderar o imponderável”, pois ainda não existe nenhum marcador biológico para o uso de essências florais. Por exemplo, no caso do uso de um anti-hipertensivo, a pessoa faz uso da medicação e depois de um tempo se mede a pressão, com os florais ainda não existe esse marcador, um “medidor” como no caso da pressão arterial.
Assim o objetivo foi pesquisar a ação das essências florais em seres vivos, buscando um parâmetro que mensurasse e expressasse sua ação. A intenção era trazer para leitura da linguagem quantitativa valores comparativos que demonstrassem sua ação.
A pesquisa consistia em comparar, por meio de parâmetros de germinação e crescimento biológico, o desenvolvimento de sementes de feijão que receberam: água com essência floral, água com veículo alcoólico e somente água.

EF: Quais foram os resultados da aplicação dos florais?

Dra. Márcia: Foi realizada a avaliação biológica do crescimento de feijões na fase germinativa, realizando-se a medição da altura total da planta comprimento (Figura 1), e peso das raízes (Figura 2).

Figura 1 – Planta do feijão analisada
Figura 2 - Raízes preparadas para pesagem
Figura 2 – Raízes preparadas para pesagem








O resultado mais importante foi nas raízes. Elas tiveram um fasciculamento maior, conforme ressaltam as elipses na Figura 3.
Figura 3 -  Diferença fascicular nas raízes
Figura 3 – Diferença fascicular nas raízes
Este resultado é um indicativo que os florais estimulam maior brotamento das raízes (fasciculamento), sendo que este fenômeno auxilia a plântula (feijão na fase germinativa) a superar os estresses hídricos e também estabelecer maior resistência ao ataque de patógenos radiculares que ocorrem na fase de plântula do feijoeiro.
Nos testes para a altura das plântulas e comprimento das raízes (Figura 4), confirma que mesmo o veículo alcoólico tendo efeito negativo na germinação, quando acrescentamos a essência floral desde a primeira rega, conseguimos valores bem próximos ao valor aceito como significativo estatisticamente.
Média das Estruturas da planta de feijoeiro por tratamento
Figura 4 – Médias das estruturas da planta de feijoeiro por tratamento.
Observando-se, ainda na Figura 4, nota-se que dos cinco grupos de médias apresentadas nas duas fases, no que se refere ao Tratamento 2 (água com veículo alcoólico), sempre tem-se valores inferiores aos outros tratamentos, sendo que em apenas um ela apresenta o mesmo valor que o Tratamento 1 (água), sendo este o  primeiro grupo de três colunas no gráfico, referente a plântula – Fase 1. Portanto pode-se notar que o veículo alcoólico, neste caso, afeta negativamente, pois nota-se a diminuição das suas médias de crescimento durante a germinação em relação aos outros tratamentos.
Assim torna-se importante ressaltar que das cinco médias por tratamento (colunas) apresentadas nas diferentes medições citadas na Figura 4, em apenas uma delas o tratamento que recebeu essência floral, o Tratamento 3, não se mostra superior, sendo este o segundo grupo de três colunas no gráfico, referente a raiz – Fase 1.
Podemos assim, notar que as essências florais, neste caso, são benéficas a germinação das sementes de feijoeiro, pois se sobrepuseram aos efeitos negativos do veículo alcoólico, evitando desta forma o comprometimento do seu crescimento no período de germinação e também beneficiando suas raízes de forma significativa.

EF:      Para os padrões da Academia esses resultados são tidos como favoráveis/positivos?

Dra. Márcia: São, porque foi uma pesquisa clássica, utilizando material e recursos já bem conhecidos e consagrados, além de ter sido realizada em parceria com um reconhecido centro de pesquisa, o Instituto Agronômico – IAC, Fazenda Santa Eliza, Campinas, São Paulo.

EF:     Como a pesquisa científica com os florais contribui para o estabelecimento da terapia floral em nosso país?

Dra. Márcia: A partir do momento que se diz “isso foi comprovado cientificamente” a sociedade aceita e reconhece o resultado. Portanto, a melhor forma de validação é se submeter ao cunho cientifico e a partir daí caminhar por todas as facilidades que o reconhecimento e a legalidade oferecem.
Mestrado em Saúde do Adulto. 
Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. 
Título: Essências Florais: Medida da sua influência na vitalidade em seres vivos, Ano de Obtenção: 2007.
Dra. Márcia Zotti é Enfermeira  com Pós Graduação em Terapia Floral pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, Doutorado em Engenharia Elétrica pela UNICAMP, atua como pós-doc de um laboratório de células na Faculdade de Física da USP.
Contato: marcia.zotti@uol.com.br



quinta-feira, 11 de abril de 2013

Qual a melhor forma de vir ao mundo



A dúvida acomete dez entre dez grávidas: qual é a melhor maneira de dar à luz? De forma natural, como as antepassadas, ou se valendo das supostas facilidades trazidas pelo avanço tecnológico? Com ou sem anestesia? E qual o melhor ambiente? No aconchego do lar ou no hospital? Não há uma só resposta, e a individualidade dos casos precisa ser respeitada – deve-se levar em conta a recomendação do médico, a segurança, o desejo da mãe, o grau de risco da gravidez, o conforto, o desenvolvimento tecnológico do local do parto e até o estado psicológico da parturiente. Também é importante se basear no que se sabe a respeito.
Os conhecimentos produzidos na área de obstetrícia têm aumentado, e pesar prós e contras dos diferentes tipos de parto dá segurança à mulher, ao médico e ao protagonista da história: o bebê que vai chegar.
Parto normal no hospital
Como é: o bebê nasce sem intervenções cirúrgicas de grande porte ou técnicas invasivas, mas pode ocorrer o uso de anestesia, medicamentos para acelerar as contrações e o corte do períneo (ligação entre ânus e vagina) para aumentar a área de passagem do bebê.Duração: em média, desde que há dilatação mínima e contrações recorrentes até o momento em que a criança sai do corpo da mãe, passam-se em média oito horas, período chamado de “trabalho de parto ativo”. Recomendação: em 85% dos casos este é o procedimento mais adequado, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, uma vez que oferece menos riscos para a mãe (são menores as chances de hemorragias, lesões nos órgãos, infecções e problemas decorrentes de anestesia mal aplicada). O bebê também é beneficiado, uma vez que, ao passar pelo canal vaginal, tem seu tórax comprimido, o que ajuda os pequenos a expelirem fluidos dos pulmões, diminuindo os ricos de asfixia. Recuperação: a alta do hospital ocorre, em média, após dois dias. Em no máximo um mês a mãe já está totalmente recuperada.
Cesárea

Como é
: o bebê é retirado do corpo da mãe através da barriga. Os médicos fazem um corte no local, que atravessa sete camadas de tecido. É um procedimento cirúrgico, que exige anestesia. Duração: de 40 minutos a uma hora.Recomendação: em 15% dos casos é a melhor solução para garantir a segurança da mãe e do bebê. São casos em que a mãe é hipertensa, há ocorrência de hemorragias, o bebê não passa pelo canal vaginal, está em posição transversal ou a bolsa amniótica rompeu antes do tempo. Também é recomendado quando o cordão umbilical está enrolado no pescoço da criança e quando a mãe é portadora do vírus HIV.Recuperação: além de o risco de infecções ser 7 vezes maior, a recuperação da cesárea é mais demorada. A alta do hospital ocorre três dias após o parto, e a cicatrização superficial, após 15 dias. Já a permanente, quando ela atinge seu aspecto final e está resistente a trações, ocorre até três meses após o parto.
Parto humanizado (no hospital ou em casa)

Como é
: parto normal, feito em casa ou no hospital, com algumas diferenças: a mulher dá à luz na posição que escolher (geralmente de cócoras). Não há o uso de substâncias que acelerem as contrações nem anestesia, e o períneo não é cortado. Não há exames de toque e a mulher decide se quer fazer a raspagem dos pelos pubianos. O ambiente é mais calmo, com a presença de acompanhantes. 

Duração
: o bebê é quem “decide” quando vai nascer. Costuma demorar, em média, 13 horas.Recomendação: quando a gestação é de baixo risco. Em geral, a comunidade médica aprova o parto humanizado, desde que no hospital, pois em caso de complicações, a estabilização do bebê ou da mãe é mais rápida. Recuperação: a alta pode ocorrer em até um dia após o parto, e a recuperação total pode ser ainda mais rápida por conta de não haver procedimentos invasivos.
Fontes: Antônio Paulo Mallmann, médico obstetra da Maternidade Santa Brígida e professor de Ginecologia Obstetrícia da PUC-PR; Marcos Takimura, médico obstetra, gerente-médico de assistência do Hospital do Trabalhador e professor da UFPR e da Universidade Positivo


Fonte:Gazeta do povo, matéria divulgada em 12/02/2012
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Comissão de Acessibilidade da OAB/PR inicia trabalhos com palestra sobre prevenção de quedas com idosos



   No dia 08/04, a Comissão de Acessibilidade da OAB/PR iniciou seus trabalhos com palestra sobre a prevenção de uma das causas da deficiência mais frequentes na população idosa: quedas e fraturas. O evento, que ocorreu na sede da OAB, contou com a presença do Dr. Cleverson Fragoso, conselheiro efetivo do CREFITO-8. A palestra foi ministrada pelo paranaense PHD Dr. Fábio Feldman, Professor e Pesquisador radicado no Canadá, que apresentou um estudo recentemente publicado na revista The Lancet com o objetivo de fornecer abordagens mais válidas e eficazes para a prevenção da deficiência e melhor qualidade de vida do idoso.


   Segundo dados do IBGE, 45.6 milhões de pessoas possuem alguma deficiência física, visual, auditiva, mental e intelectual, das quais, em levantamento por faixa etária, se constatou que 9.5 milhões de brasileiros com idade de 65 anos ou mais, têm algum tipo de deficiência, em função do processo degenerativo do envelhecimento, que os levam à diminuição da acuidade visual, auditiva e maior dificuldade de locomoção.


  Durante a palestra o Dr. Fábio Feldman falou sobre a importância da presença dos profissionais fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais nas linhas de pesquisas. Para quem tiver interesse em ler mais sobre o assunto, acesse o link abaixo, com a entrevista da gazeta do Povo do Paraná, com o Dr. Feldman:http://www.gazetadopovo.com.br/saude/conteudo.phtml?tl=1&id=1361041&tit=Queda-de-idosos-e-possivel-prevenir



Fonte: site do Crefito 8

segunda-feira, 8 de abril de 2013

08 de Abril - Combate ao Câncer

Sejamos solidários aos pacientes de Câncer e seus familiares.

Sabemos que postar uma mensagem dessa, não cura, mas pode aliviar o sofrimento de todos os envolvidos.

Amigos, esta luta é de todos!!!


Amor à profissão!!!

Hoje, ao invés de postar alguma matéria já colocada na internet, vou apenas colocar uma foto e dizer o quanto sou grata por ter escolhido a área da saúde.

Vejo a cada dia que passa que os profissionais da área da saúde tem usado um outro conhecimento além daqueles da faculdade, pós graduação, etc; vejo que hoje usamos como ferramenta fundamental AMOR à profissão e ao ser humano. Sabemos das limitações de tratar certas doenças, mas tudo se modifica quando tratamos com Amor.

O Amor nasce no início da faculdade, e se amplia intensamente quando iniciamos a vida profissional.

Não fazemos nosso trabalho esperando por gratificações, mas nada paga um sorriso, um obrigado, ou simplesmente saber que o paciente melhorou porque você se dedicou a ele.

Feliz é de quem descobre na área da saúde uma maneira muito linda de aprender a amar.

Por: Juliana Fernandes




Fonte: Meu coração

sábado, 6 de abril de 2013

ALZHEIMER E PARKINSON PARAM DE PROGREDIR COM A FISIOTERAPIA

A fisioterapia geriátrica tem apresentado resultados positivos no tratamento de diversas doenças relacionadas ao avanço da idade.
A especialidade atua na prevenção e reabilitação do idoso, com o objetivo de melhorar sua autonomia e qualidade de vida. Com exercícios diversificados e especiais para cada necessidade, a fisioterapia visa a melhorar a força muscular, o equilíbrio, a capacidade respiratória, a incontinência urinária, de dores e da postura, bem como dar melhor flexibilidade e coordenação motora.

De acordo com Áurea Gonçalves Ferreira, especialista em fisioterapia geriátrica, a especialidade obtém resultados no tratamento de portadores da Doença de Parkinson e do mal de Alzheimer. “Hoje vem se descobrindo com mais frequência o aparecimento dessas doenças, classificadas como geriátricas, e que, portanto, atingem mais os idosos. Porém, há agora o desenvolvimento dessas doenças degenerativas em adultos de 35 a 45 anos, especialmente o Parkinson”, revela.

A especialista afirma que as duas doenças podem levar o paciente à morte, embora o mal de Alzheimer tenha um progresso importante de cinco a dez anos após o diagnóstico. Mas Áurea Gonçalves destaca que, especialmente no caso do Parkinson, a morte acontece se nada for feito para diminuir a progressão da doença e seus efeitos sobre a vida do portador. “Enquanto o Alzheimer é uma doença silenciosa, o Parkinson, que tem quatro fases, é visível a partir da primeira etapa. No caso do Alzheimer, a doença atrapalha o trabalho dos neurônios, na hora que a pessoa busca formar um raciocínio e a cognição que a doença atua, causando degeneração da memória, do raciocínio e da coordenação motora”, frisa Áurea.

Para a fisioterapeuta, a fim de evitar a progressão e as limitações das duas doenças, o ideal é buscar um diagnóstico cada vez mais precoce. “Por serem doenças genéticas, quanto melhor a qualidade de vida mais tempo se poderá atrasar seu desenvolvimento. O Alzheimer é muito confundido com a demência do envelhecimento, que todos nós um dia podemos desencadear através do esquecimento, mas é melhor buscar o diagnóstico de um profissional”, completa. (TM)
Fonte: JM Online

quinta-feira, 4 de abril de 2013

VIVA A ACUPUNTURA



Belo desenho que representa o dia-a-dia de muitos profissionais dedicados ao cuidado ao paciente.





terça-feira, 2 de abril de 2013

Paraná e a Gripe H1N1


A Secretaria de Saúde do Paraná divulgou, na segunda-feira (1º), o calendário de vacinação contra a gripe no estado. Segundo a Sesa, o objetivo da campanha de 2013 é imunizar, pelo menos, 80% do público alvo, composto por 2,8 milhões de pessoas. As doses devem ser aplicadas entre os dias 15 e 26 de abril.
A vacina da gripe protege os pacientes contra três tipos da doença, incluindo a H1N1, conhecida como gripe A. As doses serão disponibilizadas para crianças entre seis meses a menores de dois anos de idade, idosos com mais de 60 anos, gestantes, trabalhadores da área da saúde, indígenas e a população do sistema carcerário.
Neste ano, dois novos grupos vão integrar o público-alvo da campanha. Mães que estejam em até 45 dias pós-parto e portadores de doenças crônicas. Todos podem receber a vacina em unidades de saúde.
Vacina Gripe  (Foto: Divulgação / Prefeitura)
Fonte: http://g1.globo.com/pr/parana/

Este vídeo, também retirado do site da RPC TV mostra uma reportagem bastante interessante sobre a vacinação
http://g1.globo.com/pr/parana/bom-dia-pr/videos/t/edicoes/v/governo-antecipa-campanha-de-vacinacao-contra-a-gripe/2493429/

quinta-feira, 28 de março de 2013

2 de ABRIL: DIA MUNDIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO

Quem conhece uma pessoa autista sabe o quanto são especiais.


segunda-feira, 25 de março de 2013

23 DE MARÇO - DIA DO ACUPUNTURISTA

O que dizer desse dia? E o que ele significa pra mim? Muitas coisas passam pela cabeça, ou melhor, pelo coração.

Quando me decidi fazer uma pós graduação nessa área, sabia da grandeza dessa técnica milenar, mas não poderia jamais imaginar a transformação que faria em minha vida pessoal e profissional.

Independente da área de atuação de cada profissional acupunturista, estejamos todos juntos com um único objetivo em mente: ajudar ao próximo, de maneira íntegra e completa, através das técnicas tão antigas e tão eficientes.

Quem atua nessa área sabe da grandeza que é a Medicina Tradicional Chinesa, e ser Acupunturista é uma das melhores formas de trabalho na área da saúde!

Parabéns a todos!! Mais um ano de estudo e realizações profissionais para nós!!
                                          

sexta-feira, 22 de março de 2013

BRASIL TEM UMA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN A CADA 600 A 800 NASCIMENTOS



No Dia Internacional da Síndrome de Down, a Agência Brasil publica hoje (21) uma série especial de matérias mostrando pessoas com a alteração genética que venceram o preconceito e as dificuldades e são exemplos de inclusão.
A síndrome de Down, ou trissomia do 21, é uma condição geneticamente determinada. Trata-se da alteração de cromossoma mais comum em humanos. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, a cada 600 a 800 nascimentos, uma criança tem síndrome de Down, independentemente de etnia, gênero ou classe social.

A data foi criada em 2006 com o objetivo de valorizar as pessoas com a síndrome, conscientizar a sociedade sobre a importância da promoção de seus direitos e, assim, permitir que elas tenham vida plena e digna, como membros participativos em suas comunidades.

Necessidade de novas leis com garantias a pessoas com síndrome de Down divide opiniões

Pelo menos seis propostas que asseguram direitos a portadores da síndrome de Down tramitam atualmente no Congresso Nacional: uma no Senado e cinco na Câmara dos Deputados, de acordo com levantamento feito pela Agência Brasil. Quando o assunto diz respeito à legislação para pessoas com a alteração genética, as opiniões são divergentes.

As propostas vão desde a reserva de vagas em concursos públicos para esse grupo à isenção de Imposto de Renda. Há também uma proposta que prevê o pagamento de pensão por morte no caso de pessoas com a síndrome e outra que estabelece a realização de ecocardiograma para recém-nascidos portadores da alteração. Além desses projetos, há outras mais abrangentes que tratam da questão, como o Estatuto da Pessoa com Deficiência.

Segundo o deputado federal Romário (PSB-RJ), pessoas com a síndrome de Down têm os mesmos direitos das portadoras de deficiência. “Acredito que um dos maiores problemas, ainda hoje, é o preconceito. Por isso, faço campanha para mostrar como o estímulo correto pode garantir a essas pessoas uma vida normal. Elas podem trabalhar, estudar, namorar e tudo mais que uma pessoa faz”, disse.  Romário tem uma filha de 7 anos com a síndrome.

Para o deputado, um dos problemas graves é a resistência das escolas em aceitar alunos com a síndrome de Down. “Temos de fiscalizar: a lei garante a plena inclusão dessas pessoas no ensino regular, embora algumas famílias prefiram o ensino especial”. Para Romário, a consequência, é a judicialização do problema: pais e mães recorrem ao Ministério Público para terem o direito garantido.

O senador Wellington Dias (PT-PI) defende que é preciso um marco legal mais unificado para a síndrome de Down, a exemplo do Estatuto do Idoso e da Criança e do Adolescente. O senador é favorável à aprovação do Estatuto da Pessoa com Deficiência. Ele explicou que a norma, se aprovada, vai unificar a legislação. A proposta já foi aprovada no Senado, mas há sete anos está parada na Câmara, pronta para ir a plenário (PL 7.699/2006).


Segundo Wellington Dias, a dificuldade de aprovação na Câmara tem a ver com divergências geradas por conflitos de concepção. Um exemplo, de acorco com ele, é a questão de surdos e autistas. Para o senador, antes de frequentar a escola regular, essas pessoas precisam passar por uma preparação específica. Há quem defenda que essa preparação é desnecessária.

Na visão da consultora jurídica do Movimento Down, Ana Cláudia Corrêa, o maior avanço nos últimos anos em termos de legislação foi a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Promulgada em 2009, pelo Senado, ela deu status de emenda constitucional à Convenção Internacional sobre o tema e seu protocolo facultativo, firmados pelo Brasil em Nova Iorque, em março de 2007.

“Ela (a convenção) conseguiu reunir em um documento tudo o que havia sobre o direito de pessoas com deficiência. A convenção é a nossa bíblia, nosso norte a seguir”, explicou. Apesar disso, Ana Cláudia ressalta que apesar de a norma ser completa, a falta de regulamentação de alguns artigos acaba inviabilizando a aplicação da lei.

“Educação é um dos temas complicados. Você sabe que as pessoas não podem negar matrícula, podem e devem estudar em escola regular e que as escolas têm de fornecer os meios necessários para que essas crianças possam estudar, mas não há uma lei que diga que o não cumprimento é crime. Não há uma lei que regulamente como isso vai se dar. Aí vem o discurso de que a escola não está preparada”, argumenta.  


Ela destaca que na legislação em debate há um projeto (PLS 112/2006) do senador José Sarney (PMDB-AP), desarquivado pela Casa, que considera polêmico. O texto pretende alterar as regras sobre a reserva de vagas no mercado de trabalho para pessoas com deficiência, previstas no Artigo 93 da Lei 8.213/91. A proposta diz que deve ser observada, entre outros aspectos, a ideia de compatibilidade da deficiência em relação à educação e às funções a serem exercidas.


O desarquivamento da proposta foi alvo, nesta semana, de uma nota de repúdio divulgada pela Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down. O documento diz que o projeto é um retrocesso político e está em desacordo com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

Na opinião da advogada do Movimento Down, o Brasil tem o que comemorar no avanço das leis de proteção às pessoas com a síndrome, especialmente no que diz respeito à educação. “Pouco se sabe sobre o universo das pessoas com deficiência". Para Ana Cláudia Corrêa, o Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado nesta quinta-feira (21), é importante para que as pessoas possam parar, conhecer e reconhecer as pessoas que têm a alteração genética com seus direitos, ou seja, o de ter uma vida normal.
Fonte: Agência Brasil